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Seis anos de saudade... e o reerguer

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Seis anos de saudade... e o reerguer Empty Seis anos de saudade... e o reerguer

Mensagem por morais Dom 04 Jan 2015, 21:41

4 Janeiro de 2015


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Faz hoje seis anos que o meu pai partiu, era uma criança na altura, tinha apenas catorze anos e a minha mãe teve de ser mãe e pai ao mesmo tempo, ainda por cima na altura o meu irmão tinha cinco anos, foi uma altura muito difícil das nossas vidas. O meu pai era o meu pilar, desde aí que sinto um vazio dentro de mim, durante esse primeiro ano sem o meu pai perdi-me completamente, a escola não estava a correr da melhor forma e falhava alguns treinos da academia. E para piorar, a minha mãe também se foi abaixo, perdeu o emprego e vivemos uma fase muito complicada, não tínhamos qualquer tipo de sustento e eu, como era o homem mais velho da casa, sentia-me inútil por não conseguir fazer nada nem dar à cara luta para mudar esses acontecimentos.

Mas algo mudou, algo me fez mudar, e esse alguém voltou a ser o meu pai. Apesar de não estar entre nós a nível físico passei a senti-lo, como me estivesse a observar desde lá de cima e deu-me forças para voltar a fazer aquilo que mais gostava, que era o Wrestling e fazê-lo orgulhoso do filho que tem. Lutei muito, às vezes até demais, mas tinha de ser, tinha de recuperar o tempo que havia perdido e voltei a ser uma estrela em ascenção dentro da academia do meu tio, a estreia com 18 anos foi inesquecivel e ainda hoje me lembro dela como se fosse ontem. Entrar no recinto praticamente esgotado, com a música do Chris de fundo e a apontar para cima porque sabia que o meu pai estava-me a ver naquele momento.

A partir daí, o crescimento foi espontâneo, voltamos a ter comida na mesa todos os dias e o meu irmão já conseguia ter os manuais todos necessários para a escola. Apesar de tudo, estavam a ser os melhores anos da minha vida pois sentia que estava a fazer algo de útil não só para a minha família como para as pessoas no geral. Passei a ser conhecido, as pessoas vinham-me cumprimentar, a dizer que me admiravam por ter chegado tão rápido aos main-events da companhia e isso deixava-me orgulhoso e com certeza que o meu pai também ficou.

Depois da minha estreia com 18 anos, aos 20 já tinha conquistado o principal título por três vezes, foi um crescimento que nem eu estava à espera apesar de acreditar nas minhas qualidades. E a partir daqui, soube através da minha família em Portugal, que havia uma companhia que, tal como eu, estava em crescimento exponencial e disseram-me para ir para Portugal. Fiquei na dúvida, a verdade é que já sentia que a companhia onde estava o meu tio já estava a ser demasiado pequena para mim, estava lá desde os meus 12 anos e era a altura certa de sair, experimentar um outro país, uma outra companhia e continuar a evoluir e não estagnar mas o problema é que nunca vi outro país a não ser os Estados Unidos, falo português com alguma dificuldade mas era o tudo ou nada para mim. A Europa sempre foi um sonho e estava em vias de o concretizar.

Procurei em saber mais sobre a companhia, vai aparecer pela primeira vez em 2015 mas tem vários planos a curto prazo que me interessaram. Falei também com o meu tio e ele disse-me para ir e levar a minha mãe e o meu irmão comigo pois era altura de dar um novo rumo às nossas vidas e a minha mãe, como é portuguesa, é sem dúvida ela que vai fazer com que esta aventura resulte ou não para mim, pelo menos nos primeiros tempos.

A Ultimate Wrestling League mostrou também o interesse em contar com os meus serviços e no dia dois de Janeiro parti para Portugal. Lisboa foi o destino, tinha alguma gente à minha espera no aeroporto de Lisboa, não eram muitos, p'raí duas dezenas, mas isso encheu-me o coração pois mesmo eu estando na América seguiram o meu trabalho. Segui para casa da mãe da minha mãe e conheci o resto da família que faltava conhecer porque só os tinha visto por imagens. Agora vou tentar continuar o progresso que tinha sido feito na América. Sempre focado no objectivo principal, continuar a evoluir e aprender com os melhores da liga, como é o caso do Havoc, que é um dos que mais admiro.
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Gonçalo Floro

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