Perri, "O Sábio"
| CONFLICT | :: Ultimate Wrestling League :: UWL :: Promos :: Arquivo
Página 1 de 1
Perri, "O Sábio"
Faltavam, exatamente, 23 minutos para a meia-noite. Micael Estefari, lutador da UWL, encontra-se no interior da sala de estar da casa do seu primo, Jorge Gonçalves. Jorge é o filho único do casamento entre a irmã da mãe de Micael e o seu tio Manel (filho único como quem diz. O seu tio não é tido em muito boa conta. A sua fama de garanhão perdura há já mais de 40 anos na vila de S. Pedro, tal como as suas múltiplas amantes). O “Treinador da Vida” optou, já que está em Lisboa, para vir falar com Jorge. Uma coisa levou à outra e o lutador passou a morar provisoriamente na modesta casa do seu familiar.
Os dois aproveitavam o passar das horas para relembrar acontecimentos das suas infâncias. Estefari, apesar de nascido no Porto, viveu alguns anos na capital portuguesa quando era mais novo, chegando mesmo a fazer parte da turma do seu primo.
JG: (Sentado numa cadeira com uma mesa à sua frente) Lembras-te do Luís “Gordo”? Aquele que veio do Alentejo para a nossa turma no 4º ano?
ME: Era Açores. E sim, lembro-me bem dele.
Micael dá um gole num copo de água que tinha pousado em cima da mesa. Ao contrário do seu primo, Micael nunca bebeu álcool na sua vida.
JG: (Acabando com a sua quarta cerveja) Açores, Alentejo… tudo a mesma merda. Adiante, recordas-te de quando começámos a lançar pedras para a barriga dele para ver se o moço emagrecia? (Rindo-se) Era tão gordo, mas tão gordo. Jesus. Até me arrepio só de pensar em tanta banha junta.
Jorge continua a rir-se, enquanto o “Treinador da Vida” solta um pequeno sorriso amarelo. Não se orgulhava da atitude do seu primo.
JG: (Já mais calmo) Mudando de assunto, ainda nem me falaste daquilo do boxe em que estás metido? Ouvi dizer que ganhaste e tudo.
Estefari sorri e olha para baixo. Mexe um pouco no seu copo de água. Não queria muito falar sobre o assunto. Principalmente sobre o que se passou a seguir ao combate.
ME: É wrestling, Jorge. Mas… não me viste lutar? Mandei-te mensagem a avisar.
JG: Não tive tempo. Mas o que é que isso interessa? Ganhaste e é só isso que importa. Vencer, vencer e depois ainda vencer mais um bocado. Esse tem que ser o teu lema, campeão.
Jorge dá uma palmada no braço esquerdo do seu primo, incentivando-o. Contudo, o luso-italiano nem reage. Não parecia estar muito alegre, apesar dos sorrisos que soltava de tempo a tempo, a tentar disfarçar.
JG: (Antes de beber outra cerveja) É bom ver-te fazer algo de homem! Por momentos pensei que fosses larilas.
ME: (Surpreso; com uma expressão bizarra no rosto) Eu?
JG: (Após um primeiro gole na sua bebida) Sim, tu. Usas essas coisas estranhas… por exemplo, (apontando) aquilo ali que trouxeste à volta do pescoço.
Jorge apontava para um cachecol, que se encontrava pousado nas costas do seu sofá castanho.
ME: Aquilo é um cachecol. Usa-se bastante no Inverno.
JG: (Inclinando-se para a frente) Eu sei que aquilo é um “cáscole”. Não preciso que mo digas. Pensei era que soubesses que “cáscole” é para marico. Mas vá, como não sabias, dou-te um desconto. Um homem a sério não usa isso. Deixa o frio ir para o pescoço e depois escarra nele. Aprende, primo. Aprendo que eu duro para sempre.
O “Treinador da Vida” admirava-se com o modo de falar de Jorge. Possivelmente herdou-o do seu pai, que também peca um pouco na linguagem.
JG: (Levantando-se) Ah… as minhas costas. Sabes como é, primo. Vida dura de trabalhador.
ME: Pensei que estivesses desempregado.
JG: Volto a trabalhar amanhã, daí as dores nas costas. Dores pós-trabalho. Nunca ouviste falar?
Micael cansa-se de emendar as “pérolas” do seu primo e decide também ele levantar-se. Pretendia ter uma boa noite de descanso antes de ir para o ginásio bem cedo. Hosking é um novo adversário e é altura de elevar a fasquia.
JG: (Ao ver Micael deitar-se no sofá, pronto para adormecer) Que estás a fazer? Então não vais comigo ver as “babes” na discoteca do Chico? Anda lá!
Estefari respira fundo.
ME: Fica para outro dia.
JG: Insisto. Só te faz bem descontrair. (Com um sorriso perverso) E ver as paisagens também.
Jorge continua a insistir e a falar sozinho. Demora algum tempo até que este se apercebe que Estefari adormeceu. Tinha estado a falar para o ar. Isso aborrece o português que acaba por abandonar a sua casa pouco tempo depois.
Quem parece ter acordado com o som da porta a bater foi o gato Perri. O animal de estimação do lutador de 28 anos, desloca-se de forma sorrateira e silenciosa até ao sofá. Depois sobe para cima deste com esforço e encosta-se ao seu dono. Queria mimos. Micael, que fingia estar a dormir, começa a dar festinhas carinhosas ao seu gato.
ME: (Com uma expressão vaga) Só tu me compreendes, Perri.
Pequena pausa para observar Perri a coçar ferozmente a sua cabeça.
ME: Ando a pensar no que me disseram no Kerosene. Sobre a felicidade…. Será que têm razão? Será que aparento isso?
Micael permanece pensativo. Precisa de ter respostas para poder superar todos os duros desafios que terá pela frente na UWL e na sua vida.
ME: (Continuando a acariciar o seu gato) Como é que não sei a resposta de uma pergunta tão simples? Estou a falhar, Perri. Estou a fracassar outra vez. Não sei fazer mais nada.
Estefari olha para baixo. Sabia que felicidade não era aquilo que sentia. A sua postura assim o indicava. Perri, que parecia mais animado, possivelmente pelo bom tratamento que recebia por parte do seu dono, decide intervir e proferir um som sábio. Um som único que o distinguia de qualquer outra criatura, pela forma doce e carinhosa como era dito.
Perri: (Sentando-se no sofá) Miau.
Estefari sabia o que aquele miau queria dizer. Ou pelo menos pensava que sabia. Significava: “vais conseguir”. Mensagem curta e poderosa que ajudou Micael. Ajudou-o a mudar a sua forma de pensar para algo mais otimista. A esperança voltou a emergir no luso-italiano.
ME: (Sorrindo verdadeiramente) Tens razão, Perri. Tens sempre razão.
O “Treinador da Vida” viria a adormecer, passado pouco tempo. Enquanto Micael ressonava de forma audível, Perri dava início à sua missão. Primeiro ligou o computador, com o objetivo de fazer uma pesquisa no Google. Meia hora depois e Perri desliga o computador, com um sorriso matreiro. Começa a vasculhar a pasta do seu dono, até que encontra o seu telemóvel. Era altura de mandar uma mensagem.
Os dois aproveitavam o passar das horas para relembrar acontecimentos das suas infâncias. Estefari, apesar de nascido no Porto, viveu alguns anos na capital portuguesa quando era mais novo, chegando mesmo a fazer parte da turma do seu primo.
JG: (Sentado numa cadeira com uma mesa à sua frente) Lembras-te do Luís “Gordo”? Aquele que veio do Alentejo para a nossa turma no 4º ano?
ME: Era Açores. E sim, lembro-me bem dele.
Micael dá um gole num copo de água que tinha pousado em cima da mesa. Ao contrário do seu primo, Micael nunca bebeu álcool na sua vida.
JG: (Acabando com a sua quarta cerveja) Açores, Alentejo… tudo a mesma merda. Adiante, recordas-te de quando começámos a lançar pedras para a barriga dele para ver se o moço emagrecia? (Rindo-se) Era tão gordo, mas tão gordo. Jesus. Até me arrepio só de pensar em tanta banha junta.
Jorge continua a rir-se, enquanto o “Treinador da Vida” solta um pequeno sorriso amarelo. Não se orgulhava da atitude do seu primo.
JG: (Já mais calmo) Mudando de assunto, ainda nem me falaste daquilo do boxe em que estás metido? Ouvi dizer que ganhaste e tudo.
Estefari sorri e olha para baixo. Mexe um pouco no seu copo de água. Não queria muito falar sobre o assunto. Principalmente sobre o que se passou a seguir ao combate.
ME: É wrestling, Jorge. Mas… não me viste lutar? Mandei-te mensagem a avisar.
JG: Não tive tempo. Mas o que é que isso interessa? Ganhaste e é só isso que importa. Vencer, vencer e depois ainda vencer mais um bocado. Esse tem que ser o teu lema, campeão.
Jorge dá uma palmada no braço esquerdo do seu primo, incentivando-o. Contudo, o luso-italiano nem reage. Não parecia estar muito alegre, apesar dos sorrisos que soltava de tempo a tempo, a tentar disfarçar.
JG: (Antes de beber outra cerveja) É bom ver-te fazer algo de homem! Por momentos pensei que fosses larilas.
ME: (Surpreso; com uma expressão bizarra no rosto) Eu?
JG: (Após um primeiro gole na sua bebida) Sim, tu. Usas essas coisas estranhas… por exemplo, (apontando) aquilo ali que trouxeste à volta do pescoço.
Jorge apontava para um cachecol, que se encontrava pousado nas costas do seu sofá castanho.
ME: Aquilo é um cachecol. Usa-se bastante no Inverno.
JG: (Inclinando-se para a frente) Eu sei que aquilo é um “cáscole”. Não preciso que mo digas. Pensei era que soubesses que “cáscole” é para marico. Mas vá, como não sabias, dou-te um desconto. Um homem a sério não usa isso. Deixa o frio ir para o pescoço e depois escarra nele. Aprende, primo. Aprendo que eu duro para sempre.
O “Treinador da Vida” admirava-se com o modo de falar de Jorge. Possivelmente herdou-o do seu pai, que também peca um pouco na linguagem.
JG: (Levantando-se) Ah… as minhas costas. Sabes como é, primo. Vida dura de trabalhador.
ME: Pensei que estivesses desempregado.
JG: Volto a trabalhar amanhã, daí as dores nas costas. Dores pós-trabalho. Nunca ouviste falar?
Micael cansa-se de emendar as “pérolas” do seu primo e decide também ele levantar-se. Pretendia ter uma boa noite de descanso antes de ir para o ginásio bem cedo. Hosking é um novo adversário e é altura de elevar a fasquia.
JG: (Ao ver Micael deitar-se no sofá, pronto para adormecer) Que estás a fazer? Então não vais comigo ver as “babes” na discoteca do Chico? Anda lá!
Estefari respira fundo.
ME: Fica para outro dia.
JG: Insisto. Só te faz bem descontrair. (Com um sorriso perverso) E ver as paisagens também.
Jorge continua a insistir e a falar sozinho. Demora algum tempo até que este se apercebe que Estefari adormeceu. Tinha estado a falar para o ar. Isso aborrece o português que acaba por abandonar a sua casa pouco tempo depois.
Quem parece ter acordado com o som da porta a bater foi o gato Perri. O animal de estimação do lutador de 28 anos, desloca-se de forma sorrateira e silenciosa até ao sofá. Depois sobe para cima deste com esforço e encosta-se ao seu dono. Queria mimos. Micael, que fingia estar a dormir, começa a dar festinhas carinhosas ao seu gato.
ME: (Com uma expressão vaga) Só tu me compreendes, Perri.
Pequena pausa para observar Perri a coçar ferozmente a sua cabeça.
ME: Ando a pensar no que me disseram no Kerosene. Sobre a felicidade…. Será que têm razão? Será que aparento isso?
Micael permanece pensativo. Precisa de ter respostas para poder superar todos os duros desafios que terá pela frente na UWL e na sua vida.
ME: (Continuando a acariciar o seu gato) Como é que não sei a resposta de uma pergunta tão simples? Estou a falhar, Perri. Estou a fracassar outra vez. Não sei fazer mais nada.
Estefari olha para baixo. Sabia que felicidade não era aquilo que sentia. A sua postura assim o indicava. Perri, que parecia mais animado, possivelmente pelo bom tratamento que recebia por parte do seu dono, decide intervir e proferir um som sábio. Um som único que o distinguia de qualquer outra criatura, pela forma doce e carinhosa como era dito.
Perri: (Sentando-se no sofá) Miau.
Estefari sabia o que aquele miau queria dizer. Ou pelo menos pensava que sabia. Significava: “vais conseguir”. Mensagem curta e poderosa que ajudou Micael. Ajudou-o a mudar a sua forma de pensar para algo mais otimista. A esperança voltou a emergir no luso-italiano.
ME: (Sorrindo verdadeiramente) Tens razão, Perri. Tens sempre razão.
O “Treinador da Vida” viria a adormecer, passado pouco tempo. Enquanto Micael ressonava de forma audível, Perri dava início à sua missão. Primeiro ligou o computador, com o objetivo de fazer uma pesquisa no Google. Meia hora depois e Perri desliga o computador, com um sorriso matreiro. Começa a vasculhar a pasta do seu dono, até que encontra o seu telemóvel. Era altura de mandar uma mensagem.
Saturn- Mensagens : 31
Data de inscrição : 23/12/2014
Re: Perri, "O Sábio"
A manhã terminava subtilmente. Micael Estefari, lutador da UWL, encontra-se no interior da cozinha da casa do seu primo, sentado à mesa, com uma taça de cereais à frente. O “Treinador da Vida” tinha acordado mais tarde do que o previsto. Pelos vistos, alguém desligou o despertador do lutador. Estefari estava convicto que tinha sido o seu gato Perri, pois mal acordou já tinha a sua roupa para o dia “seleccionada” (espalhada pelo quarto). O seu primo Jorge não dormiu em casa e, juntamente com um desaparecimento silencioso da parte de Perri, tornava a habitação num local muito mais sossegado. Demasiado até.
ME: (Referindo-se ao seu gato; falando sozinho) Ele vai ver quando chegar. Não fui treinar por causa dele.
Micael, que estava a tomar o seu pequeno almoço na cozinha, decide ir vestir-se. Apesar de ser uma pessoa com gostos muito requintados e próprios no que toca à roupa, o luso italiano decide seguir a sugestão do seu gato e vestir-se de forma mais casual. É então que um som é emitido, vindo da sala. Sem ter a certeza do que seria, Estefari desloca-se até à sala de estar. Aguarda uns segundos e o som repete-se. Alguém estava a bater à porta. Sem sequer espreitar para ver quem seria, Micael abre a porta. Era o seu primo Jorge. Este último encontrava-se num estado lastimável. Quase irreconhecível para Micael.
ME: (Preocupado) Que se passou?
JG: És tão bonita. Já te disse isso?
Micael olha com cara de parvo para o seu primo.
ME: O quê?
JG: (Aproximando-se de Micael) O teu rosto é macio e delicado. Queres namorar comigo?
Jorge tenta beijar Estefari, mas recebe uma chapada em troca. Cai de imediato no chão e começa-se a babar.
JG: Não queres aqui o papai?
ME: (Confuso) Mas que merda andaste a fumar desta vez?
Jorge começa-se a rir desalmadamente. Permanece assim uns segundos até que se encosta, sentado, à porta. A sua expressão muda drasticamente em poucos segundos.
JG: Micael, chama a louraça que estava aqui. Ainda tenho de lhe dizer uma cena importante.
Micael sabia do problema de Jorge com o álcool e com as drogas. Alucinações eram frequentes no seu primo, contudo este tinha-lhe prometido que iria acabar de vez com as drogas. Parece que não.
ME: (Compreensivo) Anda lá. Ajudo-te a deitares na tua cama.
Assim dito, assim feito. Em pouco tempo e de livre vontade, Jorge foi transportado até ao seu quarto. Pelo caminho, Micael ouviu um barulho vindo da cave.
ME: (Falando para o seu primo) Descansa aí um bocado. Já volto.
Estefari desloca-se até à cave e depara-se com Perri. Este, que estava a tentar chegar até a uma prateleira, olha docemente para o seu dono, já a pensar nos seus atos desta manhã.
ME: (Apontando o indicador ao seu animal de estimação) Não me olhes assim. Estou zangado contigo.
Perri vira o olhar por momentos e tenta indicar a Estefari o que quer. O objectivo de Perri era chegar até a uma câmara, localizada numa prateleira alta na cave.
ME: Queres que eu grave um vídeo?
Perri: Miau.
Sim, Micael também sabia o que aquilo queria dizer. Era um sim convicto. O seu combate com Hosking aproximava-se e Estefari deveria falar sobre o assunto (opinião de um gato).
ME: Já te disse que o Hosking é diferente. Ele quer que eu faça um vídeo e lhe responda. A provocação sobre o Gustavo foi nesse sentido. Mas eu sou mais inteligente e não o farei.
Perri dá uma espécie de facepalm ao ouvir as palavras do seu dono.
ME: (Pensando de novo no assunto) Pois, já estiveste certo algumas vezes no passado.
Micael decide pegar na câmara e pousá-la em cima de uma mesa.
ME: Se isto correr mal, a culpa é tua. Agora vai ver do Jorge antes que ele se mate.
Perri senta-se a olhar para o seu dono.
ME: (Susurrando) Já nem o meu próprio gato me obedece.
Micael arranja a sua roupa e liga a câmara.
ME: Vamos lá.
ME: (Referindo-se ao seu gato; falando sozinho) Ele vai ver quando chegar. Não fui treinar por causa dele.
Micael, que estava a tomar o seu pequeno almoço na cozinha, decide ir vestir-se. Apesar de ser uma pessoa com gostos muito requintados e próprios no que toca à roupa, o luso italiano decide seguir a sugestão do seu gato e vestir-se de forma mais casual. É então que um som é emitido, vindo da sala. Sem ter a certeza do que seria, Estefari desloca-se até à sala de estar. Aguarda uns segundos e o som repete-se. Alguém estava a bater à porta. Sem sequer espreitar para ver quem seria, Micael abre a porta. Era o seu primo Jorge. Este último encontrava-se num estado lastimável. Quase irreconhecível para Micael.
ME: (Preocupado) Que se passou?
JG: És tão bonita. Já te disse isso?
Micael olha com cara de parvo para o seu primo.
ME: O quê?
JG: (Aproximando-se de Micael) O teu rosto é macio e delicado. Queres namorar comigo?
Jorge tenta beijar Estefari, mas recebe uma chapada em troca. Cai de imediato no chão e começa-se a babar.
JG: Não queres aqui o papai?
ME: (Confuso) Mas que merda andaste a fumar desta vez?
Jorge começa-se a rir desalmadamente. Permanece assim uns segundos até que se encosta, sentado, à porta. A sua expressão muda drasticamente em poucos segundos.
JG: Micael, chama a louraça que estava aqui. Ainda tenho de lhe dizer uma cena importante.
Micael sabia do problema de Jorge com o álcool e com as drogas. Alucinações eram frequentes no seu primo, contudo este tinha-lhe prometido que iria acabar de vez com as drogas. Parece que não.
ME: (Compreensivo) Anda lá. Ajudo-te a deitares na tua cama.
Assim dito, assim feito. Em pouco tempo e de livre vontade, Jorge foi transportado até ao seu quarto. Pelo caminho, Micael ouviu um barulho vindo da cave.
ME: (Falando para o seu primo) Descansa aí um bocado. Já volto.
Estefari desloca-se até à cave e depara-se com Perri. Este, que estava a tentar chegar até a uma prateleira, olha docemente para o seu dono, já a pensar nos seus atos desta manhã.
ME: (Apontando o indicador ao seu animal de estimação) Não me olhes assim. Estou zangado contigo.
Perri vira o olhar por momentos e tenta indicar a Estefari o que quer. O objectivo de Perri era chegar até a uma câmara, localizada numa prateleira alta na cave.
ME: Queres que eu grave um vídeo?
Perri: Miau.
Sim, Micael também sabia o que aquilo queria dizer. Era um sim convicto. O seu combate com Hosking aproximava-se e Estefari deveria falar sobre o assunto (opinião de um gato).
ME: Já te disse que o Hosking é diferente. Ele quer que eu faça um vídeo e lhe responda. A provocação sobre o Gustavo foi nesse sentido. Mas eu sou mais inteligente e não o farei.
Perri dá uma espécie de facepalm ao ouvir as palavras do seu dono.
ME: (Pensando de novo no assunto) Pois, já estiveste certo algumas vezes no passado.
Micael decide pegar na câmara e pousá-la em cima de uma mesa.
ME: Se isto correr mal, a culpa é tua. Agora vai ver do Jorge antes que ele se mate.
Perri senta-se a olhar para o seu dono.
ME: (Susurrando) Já nem o meu próprio gato me obedece.
Micael arranja a sua roupa e liga a câmara.
ME: Vamos lá.
Saturn- Mensagens : 31
Data de inscrição : 23/12/2014
Re: Perri, "O Sábio"
CÂMARA ON
O cenário não poderia ser pior. Uma cave suja, desarrumada e com pouca iluminação não é o melhor local para ser gravar um vídeo, principalmente quando se tem uma meia rota pendurada em cima do candeeiro que ilumina o local. Mesmo atrás do luso italiano, que se encontra de costas para a câmara, está uma cadeira antiga e um banco. Algumas teias de aranha também são captadas na imagem. Perri, gato de Micael, decide sentar-se junto à porta, observando meticulosamente o seu dono.
ME: (Tentando engrossar a voz) Manipulação. Uma das palavras do momento. Tem-se popularizado nestes últimos anos. É uma característica atribuída a uma pessoa. Claro que quando se fala em manipulação e em UWL só pode surgir um nome: Edward Hosking.
Micael coloca-se agora de perfil para a câmara.
ME: (Concentrado) Hosking é caracterizado como um manipulador inteligente por muita gente. Aliás não oiço outra coisa ultimamente no que toca à UWL. Hosking para aqui, Hosking para ali. Isso é bom sinal para ele. Conseguir a atenção do Chairman da UWL é o que todos desejamos e ele tem conseguido. Parabéns.
Estefari junta as mãos.
ME: (Mordendo subtilmente o lábio) Por muito que possa surpreender as pessoas, a manipulação não existe. É uma desculpa criada para podermos agir de certa forma. Se o Hosking é um mente brilhante que consegue manipular tudo e todos, porque é que não me sinto manipulado? Porque é que o Rosas não se sentiu manipulado? Ehn… Interessante. Pensem nisso.
Nova pausa. Perri vai assistindo muito atento ao discurso do seu dono.
ME: (Apontando para si próprio) Eu sou a pessoa mais importante da minha vida. Eu decido o que faço e tenho a capacidade de pensar sem que ninguém saiba o que penso. Isso sim é brilhante. Por isso Hosking, lamento, mas não és a única mente brilhante no mundo. És igual a mim, ao Zeca e ao Joaquim. A diferença é que te expressas de maneira diferente. E o diferente é sempre melhor para muita gente, mas para mim não.
Micael coloca-se de frente para a câmara e cruza os braços.
ME: Falas em ordem e desordem como se fossem objectos. Coisas tuas que consegues usar como bem te apetece, mas não são. O ser humano é uma criatura emocional, com sentimentos. Por muito que tenhas a tua ordem, a tua forma de agir, esta irá-se alterar com o passar do tempo e mudar-te, por muito que tentes evitar. A ordem é algo que nós definimos para sabermos quando quebramos, quando estamos mal. O mais importante é ser algo normal, natural. Que se constrói com o tempo com toda a naturalidade do mundo. Se forçares a ordem, viverás sempre iludido. Prefiro viver na desordem se isso me fortalecer. Se isso me ajudar. E acredita que sei isso por experiência própria.
O “Treinador da Vida abana a cabeça e passa a mão pela barba. Estava maior do que o costume.
ME: Admito que vi ambos os teus vídeos. Despertaste algo em mim que o Valente não conseguiu. Não tenho a certeza do que seja. Talvez raiva, fúria ou só mesmo puro desagrado pela tua forma de ser. Esse não é o caminho para o sucesso. Provocações, criticar pessoas que já conquistaram o triplo que tu na vida. Quem és tu, afinal, para vires criticar o Gustavo por ter revelado a sua opinião sobre um assunto sensível? Ninguém tem o direito de cair em cima de uma pessoa só por ela ter dito o que achava. Seja o papa, tu ou um sem-abrigo. Uma coisa é não concordar outra totalmente diferente é criticar, gozando.
O luso italiano começa a recordar as lições que recebia de Gustavo quando era mais novo e que o ajudaram a tornar-se num life coach.
ME: Para seres um life coach tens que admitir os teus erros. Saber perder e vencer. Usufruir da maior parte das dádivas que a vida nos oferece e transmitir a mensagem a outras pessoas, ajudando-as a melhorar. O Gustavo é o melhor life coach que tive o prazer de conhecer e ele não merece o que andam a dizer dele. A sua vontade em ajudar os outros está sempre lá. E é assim que lhe respondem? Que o tratam? Não percebo. Juro que não entendo.
A tristeza invade momentaneamente o “Treinador da Vida”.
Perri: Miau.
ME: (Após receber o apoio moral do seu gato) É por pessoas como o Gustavo que eu luto. Que eu treino todos os dias. Para poder recompensar todos os que me ajudaram, que foram generosos comigo. Mostrar-lhes que o esforço deles não foi em vão. E só uma maneira de conseguir isso. Derrotando Edward Hosking. Um traste que nem merece as minhas palavras. O destino há-de acertar contas com ele. De isso estou certo.
O lutador começa a irritar-se. Isso é notório na cara de Micael, que, com a passar do tempo começa a corar das bochechas.
ME: (Apontando o indicador para a câmara) Combati Hoskings a minha vida toda e perdi demasiadas vezes. Agora é altura de mostrar que apesar de todos termos pontos fracos, conseguimos na mesma ser bem-sucedidos, se nos mantermos fiéis ao que defendemos, ao que acreditamos, sem nunca denegrir os outros!
Perri começa a entusiasmar-se, saltando efusivamente. Se há coisa que este gostasse para além de uma taça de leitinho morno era de ver o seu dono determinado e motivado.
ME: (Determinado) Posso ser cego, mas não deixo de ser eu. Não deixo de lutar! Não deixo de tentar! Falas como se fosses invencível e esse é o erro que te destruirá eventualmente. É uma questão de tempo. Vemo-nos segunda, Edward. Quero ver o teu paleio dentro do ringue.
Micael sinaliza a Perri para este desligar a câmara, mas este nem se mexe. O seu gato, ocioso, continua a sentado a mirar Estefari. O lutador, receoso que o final do vídeo não tivesse o impacto que pretendia, desliga rapidamente a câmara.
CÂMARA OFF
ME: (Ainda zangado) Ele não merecia que lhe dirigisse a palavra sequer.
O luso italiano abandona o local, seguido do seu gato Perri.
O cenário não poderia ser pior. Uma cave suja, desarrumada e com pouca iluminação não é o melhor local para ser gravar um vídeo, principalmente quando se tem uma meia rota pendurada em cima do candeeiro que ilumina o local. Mesmo atrás do luso italiano, que se encontra de costas para a câmara, está uma cadeira antiga e um banco. Algumas teias de aranha também são captadas na imagem. Perri, gato de Micael, decide sentar-se junto à porta, observando meticulosamente o seu dono.
ME: (Tentando engrossar a voz) Manipulação. Uma das palavras do momento. Tem-se popularizado nestes últimos anos. É uma característica atribuída a uma pessoa. Claro que quando se fala em manipulação e em UWL só pode surgir um nome: Edward Hosking.
Micael coloca-se agora de perfil para a câmara.
ME: (Concentrado) Hosking é caracterizado como um manipulador inteligente por muita gente. Aliás não oiço outra coisa ultimamente no que toca à UWL. Hosking para aqui, Hosking para ali. Isso é bom sinal para ele. Conseguir a atenção do Chairman da UWL é o que todos desejamos e ele tem conseguido. Parabéns.
Estefari junta as mãos.
ME: (Mordendo subtilmente o lábio) Por muito que possa surpreender as pessoas, a manipulação não existe. É uma desculpa criada para podermos agir de certa forma. Se o Hosking é um mente brilhante que consegue manipular tudo e todos, porque é que não me sinto manipulado? Porque é que o Rosas não se sentiu manipulado? Ehn… Interessante. Pensem nisso.
Nova pausa. Perri vai assistindo muito atento ao discurso do seu dono.
ME: (Apontando para si próprio) Eu sou a pessoa mais importante da minha vida. Eu decido o que faço e tenho a capacidade de pensar sem que ninguém saiba o que penso. Isso sim é brilhante. Por isso Hosking, lamento, mas não és a única mente brilhante no mundo. És igual a mim, ao Zeca e ao Joaquim. A diferença é que te expressas de maneira diferente. E o diferente é sempre melhor para muita gente, mas para mim não.
Micael coloca-se de frente para a câmara e cruza os braços.
ME: Falas em ordem e desordem como se fossem objectos. Coisas tuas que consegues usar como bem te apetece, mas não são. O ser humano é uma criatura emocional, com sentimentos. Por muito que tenhas a tua ordem, a tua forma de agir, esta irá-se alterar com o passar do tempo e mudar-te, por muito que tentes evitar. A ordem é algo que nós definimos para sabermos quando quebramos, quando estamos mal. O mais importante é ser algo normal, natural. Que se constrói com o tempo com toda a naturalidade do mundo. Se forçares a ordem, viverás sempre iludido. Prefiro viver na desordem se isso me fortalecer. Se isso me ajudar. E acredita que sei isso por experiência própria.
O “Treinador da Vida abana a cabeça e passa a mão pela barba. Estava maior do que o costume.
ME: Admito que vi ambos os teus vídeos. Despertaste algo em mim que o Valente não conseguiu. Não tenho a certeza do que seja. Talvez raiva, fúria ou só mesmo puro desagrado pela tua forma de ser. Esse não é o caminho para o sucesso. Provocações, criticar pessoas que já conquistaram o triplo que tu na vida. Quem és tu, afinal, para vires criticar o Gustavo por ter revelado a sua opinião sobre um assunto sensível? Ninguém tem o direito de cair em cima de uma pessoa só por ela ter dito o que achava. Seja o papa, tu ou um sem-abrigo. Uma coisa é não concordar outra totalmente diferente é criticar, gozando.
O luso italiano começa a recordar as lições que recebia de Gustavo quando era mais novo e que o ajudaram a tornar-se num life coach.
ME: Para seres um life coach tens que admitir os teus erros. Saber perder e vencer. Usufruir da maior parte das dádivas que a vida nos oferece e transmitir a mensagem a outras pessoas, ajudando-as a melhorar. O Gustavo é o melhor life coach que tive o prazer de conhecer e ele não merece o que andam a dizer dele. A sua vontade em ajudar os outros está sempre lá. E é assim que lhe respondem? Que o tratam? Não percebo. Juro que não entendo.
A tristeza invade momentaneamente o “Treinador da Vida”.
Perri: Miau.
ME: (Após receber o apoio moral do seu gato) É por pessoas como o Gustavo que eu luto. Que eu treino todos os dias. Para poder recompensar todos os que me ajudaram, que foram generosos comigo. Mostrar-lhes que o esforço deles não foi em vão. E só uma maneira de conseguir isso. Derrotando Edward Hosking. Um traste que nem merece as minhas palavras. O destino há-de acertar contas com ele. De isso estou certo.
O lutador começa a irritar-se. Isso é notório na cara de Micael, que, com a passar do tempo começa a corar das bochechas.
ME: (Apontando o indicador para a câmara) Combati Hoskings a minha vida toda e perdi demasiadas vezes. Agora é altura de mostrar que apesar de todos termos pontos fracos, conseguimos na mesma ser bem-sucedidos, se nos mantermos fiéis ao que defendemos, ao que acreditamos, sem nunca denegrir os outros!
Perri começa a entusiasmar-se, saltando efusivamente. Se há coisa que este gostasse para além de uma taça de leitinho morno era de ver o seu dono determinado e motivado.
ME: (Determinado) Posso ser cego, mas não deixo de ser eu. Não deixo de lutar! Não deixo de tentar! Falas como se fosses invencível e esse é o erro que te destruirá eventualmente. É uma questão de tempo. Vemo-nos segunda, Edward. Quero ver o teu paleio dentro do ringue.
Micael sinaliza a Perri para este desligar a câmara, mas este nem se mexe. O seu gato, ocioso, continua a sentado a mirar Estefari. O lutador, receoso que o final do vídeo não tivesse o impacto que pretendia, desliga rapidamente a câmara.
CÂMARA OFF
ME: (Ainda zangado) Ele não merecia que lhe dirigisse a palavra sequer.
O luso italiano abandona o local, seguido do seu gato Perri.
Saturn- Mensagens : 31
Data de inscrição : 23/12/2014
| CONFLICT | :: Ultimate Wrestling League :: UWL :: Promos :: Arquivo
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|