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Sébastien Cabaye? Presente!

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Mensagem por Matt Le Tissier Ter 20 Jan 2015, 14:53

17 de Janeiro de 2015, Sábado

O relógio marca 12h, o sol encontra-se no topo das nossas cabeças. Estamos em plena Lisboa, mais concretamente em Alfama, o mais antigo e um dos mais típicos bairros da cidade de Lisboa. É aqui que reside Sébastien Cabaye, nascido em Grenoble, França. Filho de mãe portuguesa e pai francês, Cabaye domina na perfeição ambos os dialectos. Vive actualmente na casa da sua avó materna. Deixou Grenoble e partiu para capital portuguesa com 23 anos. Para lá ficam temos difíceis.. aos 6 anos perdeu o pai vitima de cancro e 14 anos mais tarde ficou órfão ao perder a mãe num acidente de viação.

Os 3 anos que se seguiram foram os mais complicados. A vida em França nunca foi fácil, tendo se complicado ainda mais com a ausência do pai. Com o dinheiro escasso, Cabaye roubava para que nunca faltasse comida na mesa. Encontrou no parkour uma maneira de passar o tempo, exercitar e ao mesmo tempo conseguir fugir aos lojistas/policia. Com o passar do tempo foi aprofundando a técnica, até tornar-se instrutor da arte de transpor do deslocamento. Era precisamente isso que Cabaye encontra-se a fazer. Acompanhado por um primo, o luso-francês percorria as colinas de Alfama, junto ao Castelo de São Jorge, saltando de casa em casa, ao estilo do parkour, sempre bastante veloz, porém calculista. Cabaye pára junto a uma chaminé e olha para trás, segundos depois o seu primo, bastante ofegante, alcança-o.


Sébastien Cabaye: Tens de manter o ritmo

Primo: Sabes – tentando recuperar o fôlego – isto não é pêra doce

Sébastien Cabaye: Se fosse fácil todo o comum mortal andava a saltar de prédio em prédio ou a subir muros com 3 metros de altura ou a atirar-se de um segundo andar para o rés de chão. É preciso muito treino, e claro uma conjugação de diversos factores – pausa – tens de ser calculista, criterioso e claro... completamente maluco

Primo: Por falar nisso, acho que maluco foi a única característica que te assistiu quando assinaste contrato com aquela federação de wrestling, onde estava o Sébastien calculista e criterioso? É preciso relembrar-te que o teu background no que à artes de combate dizem respeito é tipo zero? – à espera de uma resposta – não certo? Já viste algum evento da Ultimate Wrestling League ou lá como aquilo se chama? São gajos com o dobro do teu tamanho, alguns com anos de experiência numa merda qualquer, seja kickboxing, judo ou lá o que for.

Sébastien Cabaye: Eu sei – sorrindo – está feito, está feito, não há volta a dar. O contrato está assinado, agora resta cumprir a minha parte. Tens razão, não tenho a experiência nem a largura por assim dizer daqueles gajos, mas se passei nos testes de admissão alguma coisa devo ter – Cabaye faz uma ligeira pausa enquanto olha para o horizonte – já para não falar que é algo novo, é algo desconhecido é verdade, e por norma o ser humano tem medo do desconhecido, porém não devemos encarar as coisas dessa forma. Gosto de viver, de vivenciar, de agarrar novas experiências, de abraçar novos desafios... este será mais um entre muitos outros. Se serei bem sucedido só o tempo o dirá, mas jamais irei virar as costas a um desafio.

Primo: É isso primo – pausando o discurso – admiro o teu positivismo. Não estava lá, mas pelo que tu e a avó contam, passaste por muito e ainda assim mantens essa atitude de bola para a frente que atrás vem gente. Sempre com alta astral, de bem com a vida.

O luso-francês olha para o primo e sorri, elogios são sempre bem vindos, é um acto de reconhecimento, porém Sébastien nunca soube como lidar com os mesmos. Para mudar de assunto aponta para uma casa pintada num tom de amarelo bastante berrante que se encontrava a possivelmente uns 200 metros de onde ambos estavam

Sébastien Cabaye:  Está a ver aquela casa amarela? Tens 30 segundos para pisar aquele telhado, senão o almoço é por tua conta.

Sem esperar por uma resposta do primo, Cabaye parte em direcção à casa, saltando de casa em casa, um ritual que estava habituada a fazer quase de olhos fechados. Usará certamente a velocidade, destreza e precisão que o parkour lhe transmitiu na sua próxima jornada, afinal de contas, força não é tudo.
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Mensagem por Matt Le Tissier Sex 23 Jan 2015, 00:22

Localizado na grande Lisboa, entre as freguesias de Santa Maria Maior e de São Vicente encontra-se um dos locais mais bonitos de Portugal: Alfama, caracterizada pela sua paisagem exuberante e pelos seus "mistérios" históricos. Alfama é também a casa do Luso-Francês Sébastien Cabaye, um jovem de apenas 25 anos, pele clara, olhos negros e curiosos, lábios finos e trazia em seu rosto marcas de quem já deixou a sua marca na história, mesmo vivenciando apenas um quarto de século. Com um espírito jovem e obstinado, Cabaye estava sempre a aprender e a ensinar, ele sabia como ninguém pensar com serenidade e defender aquilo em que acreditava. Sem nunca fugir aos desafios da vida, Cabaye colocava-se constantemente em situações complicadas, ora sem querer, ora de propósito, adorava desafios, adorava ser posto constantemente à prova, de exceder os seus limites. Foi com base nestes princípios que inscreveu-se na UWL.

Força não é propriamente uma característica que salte à vista no luso-francês, contudo Cabaye não descurou nesse aspecto, tem treinado em segredo à já quase duas semanas de modo a adquirir as bases e certas rotinas da modalidade. Seria um maluco se pisasse um ringue sem qualquer tipo de preparação. Porém este é um processo algo moroso e Cabaye sabe disso, demorou anos a aperfeiçoar a sua técnica no parkour. Hoje em dia, pode afirmar que é um dos melhores do mundo na arte do deslocamento como é conhecida, quem sabe um dia não alcance tal estatuto no wrestling? Seja como for, esse dia está longe de acontecer. Cabaye tem um longo caminho a percorrer para chegar ao topo e ele sabe disso... vão haver obstáculos, vão haver dúvidas, vão haver erros, mas com trabalho e dedicação, não há limites! Não interessa o quão devagar façamos as coisas, desde que as terminemos. No final do percurso, seremos recompensados mediante o trabalho, esforço, suor, lágrimas e sangue que despendemos ao longo do mesmo.
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Mensagem por Matt Le Tissier Sáb 24 Jan 2015, 17:32

24 de Janeiro de 2015, Sábado

Estamos a um dia daquele que será o primeiro Pay-Per-View da Ultimate Wrestling League. Lourenço, primo de Sébastien Cabaye, está à porta de um pequeno armazém na Graça. Ele não sabe ao certo o que está ali a fazer, na verdade, foi Cabaye quem lhe pediu para comparecer em tal lugar a tal hora. Lourenço olha ao seu redor e não vê uma viva alma sequer, liga ao seu primo que desliga a chamada, Lourenço fica ago apreensivo, porém segundos depois uma das portas do armazém abre-se, era Cabaye, suava da cabeça aos pés, como se tivesse acabado de correr uma maratona.

Sébastien Cabaye: Estava à tua espera

Primo: Que vem a ser isto primo? Que aconteceu? Porque estás assim? – olhando para o suor que escorria – parkour?

Sem responder a qualquer pergunta do seu primo, Cabaye faz-lhe sinal com a cabeça para que entrasse no armazém, virando as costas a Lourenço, que vê-se assim quase que obrigado a seguir o primo. Ao entrar no armazém Lourenço depara-se com um conjunto de máquinas improvisadas, pesos e colchões espalhados por toda a superfície.

Primo: wow – incrédulo com o que estava a ver.

Sébastien Cabaye: Lembras-te daquela conversa da semana passada? Não estou assim tão à toa como pensas priminho – fazendo uma pausa para recuperar o fôlego – tenho treinado aqui à mais de duas semanas. Não sou nenhum parvo para me sujeitar a combates fisicamente exigentes como esses sem o mínimo de preparação.

Os olhos de Lourenço tentam captar o máximo que conseguem, as maquinas e os pesos não eram novos, mas estavam em óptimas condições, havia ainda um mini circuito com diversos obstáculos para a prática de parkour. Era perfeito para manter os índices físicos.

Primo: 2 semanas...

Sébastien Cabaye: Um pouco mais – fazendo torcendo o lábio – quase três

Primo: Três, que sejam três... achas que isso chega?

Cabaye dá de ombros e permanece calado

Primo: Onde estão as luvas?

Sébastien Cabaye: Como?

Primo: Luvas? Sabes, aquelas cena que metes nas mãos para treinar desportos de combate?

Sébastien Cabaye: Para que queres luvas?

Lourenço sorri enquanto aproxima-se de Cabaye

Primo: És grande primo, mas não és grande coisa – sorrindo –acho que... ou melhor, tenho a certeza que se queres ser bem sucedido vais precisar de uma mão – pequena pausa – ou melhor, de duas mãos amigas. Não vou combater por ti, mas posso sempre ajudar-te durante os treinos. Como vais adaptar-te e aprender a esquivar socos e pontapés? Com um saco de areia? Humm não me parece que o saco seja uma grande ameaça para ti – nova pausa – aqui estou eu, na verdade, será uma boa oportunidade para te dar uma tareia, uma espécie de vingança, ou melhor uma retribuição por todos aqueles nomes menos bonitos que me chamas quando fico para trás quando estamos a praticar parkour

Cabaye sorri. Nem lhe tinha passado pela cabeça pedir ajuda ao primo, seja como for, a oferta era irrecusável, já para não falar que Lourenço tem sido como um irmão para ele desde que chegou a Portugal. O que poderia pedir mais? Estaria a passar mais tempo com o “irmão” ao mesmo tempo em que treinava para o que aparecesse no futuro. Sem grandes contemplações Cabaye atira um par de luvas a Lourenço.

Sébastien Cabaye: Quando começamos – sorrindo.

Primo: Quando? – sorrindo enquanto tirava o casaco – que tal agora? Já perdemos demasiado tempo com estas conversas

Cabaye sorri, ambos ajeitam as luvas e colocam-se em posição de combate, levam o seu tempo a estudar as movimentações e respiração de cada um, Lourenço é o primeiro a partir para a ofensiva tentando um jab de esquerda, porém sem sucesso. Cabaye mantém-se na defensiva conseguindo esquivar-se a novo ataque de Lourenço, que numa atitude algo amadora decide atacar “compulsivamente” Cabaye com diversas tentativas de socos e pontapés, sempre sem sucesso, quando parecia ter terminado a sua ofensiva, eis que Cabaye avança com um gancho de esquerda.

Primo: Auuuuuu!

Lourenço leva as mãos ao queixo enquanto que Cabaye se aproxima para se inteirar do estado do primo. Nesse meio tempo Lourenço aproveita e desfere uma rasteira no luso-francês, imobilizando-o de seguida.

Primo: Apanhei-te!

Cabaye está estendido no chão sem se conseguir mexer, porém esboça um sorriso. Tomou o primo por um amador, porém acabou por cair perante o mesmo. Técnica e velocidade são possivelmente os pontos mais fortes de Cabaye, porém falta a malícia e a leitura de combate. Cabaye usa o método “play by the book” por assim dizer, porém encontrará adversários que não pensarão duas vezes quando tiverem a oportunidade de utilizar golpes baixos para tirar vantagem, Lourenço mostro-lhe isso, se o seu primo foi capaz de tal acto, o que dizer de outros oponentes? Dá que pensar...

Primo: Caíste que nem um patinho – saindo de cima de Cabaye – mas tenho que admitir, é rápido... muito rápido! De certo modo fazes lembrar aquele gajo da UFC, como se chama? – tentando puxar pela memória – Anderson Silva! É isso! Tu sabes quem é, todos sabem! É um mete nojo hahaha! Desgasta os adversários com “danças” à frente deles, esquiva todo e qualquer investida, desde socos a pontapés e fica à espera de uma abertura para atacar, chega a vencer combates com 2 ou 3 ataques apenas.

Sébastien Cabaye: Anderson Silva... quem me dera chegar aos calcanhares do aranha!

Primo: Foi só uma comparação primo, mas porque não? Como tu dizes, o dia de amanhã só deus sabe.

Sébastien Cabaye: Humm...

Primo: O que?

Sébastien Cabaye: Serei eu Deus por saber ago sobre o dia de amanhã?

Primo: Como assim?

Cabaye vai buscar o telemóvel, um clique aqui, um clique ali e ... entrega o aparelho a Lourenço, no mesmo podia ver-se o cartaz do próximo evento da UWL

Primo: Isto é o que eu penso que é? – com ar incrédulo – Tens um combate marcado para amanhã?

Sébastien Cabaye: Ora nem mais – com um sorriso de orelha a orelha - Sébastien Cabaye estreia-se amanhã! Em pleno Estádio José Alvalade XXI.

Lourenço dá um forte abraço ao primo, congratulando-o pelo feito.

Sébastien Cabaye: Tenho pena por não ter visto o ultimo evento, porém saber que para além de ver o primeiro Pay-Per-View da UWL, irei também participar no evento – pequena pausa – wow! É fantástico! Dá-me arrepios só de me imaginar a caminhar até ao ringue! Irão as pessoas gostar de mim? Irei conseguir actuar perante aquele publico? Lourenço, eu não sei sequer como entrar no ringue – risos – passo por baixo das cordas? Entre as mesmas? Salto por cima da terceira corda? DAMN! Que emoção!

Primo: Sébastien, Sébastian... és mesmo transparente, esse teu sorriso – sorrindo – vai correr tudo bem, não te preocupes. Mantém a compostura, concentração do inicio ao fim e vais ver que no final estarás... inteiro hahaha. Quem é esse tal do Danie Kaiser? Qual é o background dele?

Cabaye dá de ombros novamente, não tem qualquer informação sobre o seu oponente, apenas sabe que será a sua estreia, um combate de iniciantes.

Primo: Se foda! Vamos celebrar! – olhando para as horas – hoje, o almoço é por minha conta!

Ambos limpam o suor com toalhas que havia em cima de um dos bancos, arrumam uma coisa ou outra e partem em direcção à saída do armazém.
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