A caçada começou
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A caçada começou
Podemos ver uma vez mais a casa luxuosa dos Albuquerque, desta vez, ao que parece, preparada para um qualquer evento social. Encontram-se vários carros e carrinhas estacionados à entrada da propriedade, alguns deles com referências a jornais e outros meios de comunicação social. Jornalistas, fotógrafos e repórteres saem das suas respetivas carrinhas, equipados com o devido equipamento, fossem câmaras de filmar, câmaras fotográficas, microfones, etc. Dos carros mais luxuosos saíam homens de fato acompanhados pelas suas esposas. Todos eles se foram dirigindo até à entrada de uma garagem dentro da propriedade dos Albuquerque. Aos poucos as pessoas foram-se aglomerando e esperavam pela chegada do proprietário da casa. Após uma espera de cinco minutos, o anfitrião chegava sorridente acompanhado pela sua mulher que agarrava o seu braço. Ele para em frente ao portão da garagem e acena para os seus conhecidos enquanto os fotógrafos vão fotografando a cena.
Após os flashes terminarem, o senhor Albuquerque dá um passo em frente.
Sr. Albuquerque: Boa tarde a todos, é um prazer poder recebê-los na minha casa!
O pai de Chaser esboça um enorme sorriso na cara fazendo notar a sua muito bem estimada placa dentária.
Sr. Albuquerque (assertivo): Nestes últimos dias muitos dos meus opositores têm levantado calúnias e injúrias sobre mim de modo a denegrir a minha imagem e a minha candidatura à presidência da Câmara! Podem tentar denegrir-me a mim como político, mas jamais permitirei que coloquem em causa o meu papel como um cidadão com valores e como um pai de família!
Os fotógrafos tentam captar a expressão determinada e incólume do candidato à presidência da câmara de Vila Nova de Gaia, enquanto alguns dos presentes batem palmas.
Sr. Albuquerque: Várias vozes das mais diversas áreas políticas têm-se levantado contra mim acusando-me de ser uma pessoa egoísta e um apoiante da brutalidade e violência! Meus amigos, não sei que tipo de chavão andaram a ouvir sobre mim, mas não vou cair no vosso jogo duplo e repugnante!
Fazem-se ouvir mais palmas dos apoiantes do Sr. Albuquerque que começa a sentir a adrenalina fluir no seu corpo ao mesmo tempo que deixa bocados de saliva saltarem da sua boca.
Sr. Albuquerque: Por isso mesmo convidei todo este folclore da comunicação social para vos mostrar que sou uma pessoa altruísta, íntegra e com princípios!
A sua esposa dá um passo em frente e entrega-lhe um pequeno comando.
Sr. Albuquerque: Durante a minha campanha deparei-me com um problema que tem atingido não só a nossa bela terra de Vila Nova de Gaia mas também o Porto! De noite as nossas ruas têm servido de casa a centenas de sem-abrigo! Com este tempo de crise mais pessoas podem ficar nesta situação e é nossa obrigação ajudar estas pessoas a terem o mínimo de condições de vida! É por isso que estou aqui! Convidei-vos para vos dar uma notícia em primeira mão! Vou doar a uma casa de leilões uma caríssima moto chopper da Harley-Davidson que comprei no ano passado no Milwaukee! Todo o dinheiro angariado será revertido para casas e instituições que apoiam estas pessoas!
Fazem-se ouvir mais palmas.
Sr. Albuquerque: Bem, sem mais demoras…
O pai de Chaser carrega no botão do comando que tem na mão e o portão da garagem começa a subir…
Sr. Albuquerque: Contemplem esta beleza entre os veículos!
Os fotógrafos posicionam-se para tentar capturar o melhor ângulo da bela chopper. Mas há um problema…
Sr. Albuquerque: Mas o quê…?
… não havia lá nada! Só podíamos ver uma garagem vazia com marcas de pneu no chão. O Sr. Albuquerque e a sua esposa ficam perplexos! Ainda ontem a moto estava ali!
Jornalista 1: Oh senhor Albuquerque deixe-se de brincadeiras, mostre lá a moto.
Sr. Albuquerque: Não sei o que se passa, ela ainda ontem estava aqui! Alguém a roubou!
Jornalista 1: A gozar com a cara dos munícipes… Ia dar-lhe o meu voto mas começo a acreditar nas histórias da oposição. Vamos lá embora daqui…
Jornalista 2: Ui! Isto vai ser melhor do que aquilo que eu pensava! “Candidato à presidência da Câmara brinca em campanha!” parece-me um bom título para a página de amanhã do jornal.
Os jornalistas começam a arrumar as suas coisas e a abandonar o local para desconsolo do pai e da mãe de Chaser. A dona Albuquerque, embaraçada por tudo o que aconteceu, leva a mão à sua cara para esconder a sua vergonha e o seu marido vai tentando convencer os jornalistas de que lhe roubaram a moto.
Frustrado com o que aconteceu, o Albuquerque volta à garagem onde a sua esposa tenta perceber o que aconteceu.
Sr. Albuquerque: Estou arruinado… Depois disto não venço as eleições!
Dona Albuquerque: Acalma-te. Vamos para dentro tomar um chá.
Sr. Albuquerque (irritado): Isto tudo foi culpa dele! Ele deve ter saído ontem de casa antes de eu chegar. Hoje ainda não pôs cá os pés…
A sua esposa aproxima-se e passa-lhe a mão nas costas para o tentar acalmar.
Dona Albuquerque: Mas para que é que ele ia querer a moto? Ele tem muito dinheiro na conta…
Sr. Albuquerque: Ele não a quer para vender. Teve de ir a algum lado… E eu acho que já sei para onde é que ele foi…
…
…
…
Bem distante dali, no topo de um edifício, Chaser acabava de chegar numa moto. Desliga o motor e com o pé esquerdo puxa o descanso. Deixa a moto tombar um pouco para o seu lado esquerdo, e ainda sentando apoia-se no guiador. Leva a mão esquerda ao bolso do seu casaco de cabedal e tira de lá um maço de tabaco de onde saca um cigarro, coloca-o na boca e acende-o com um isqueiro zippo. Ergue a cabeça, olha para o horizonte e solta o fumo do cigarro.
Neste momento o telemóvel começava a vibrar no bolso do seu casaco. Ele segura o cigarro com a mão esquerda, e com a mão direita atende o telefonema.
Chaser:…
???: Bom trabalho ontem…
Chaser leva o cigarro à boca e solta o fumo.
???: Talvez tenhas exagerado um bocado, mas gostei do que fizeste…
Chaser:…
???: Eles nem fazem ideia do que aconteceu, é sinal de que agiste bem. Gosto desse teu ar discreto mas determinado, ele vai-te levar muito longe… Fizeste bem em vir ter comigo para eu te garantir um lugar entre nós, não te vais arrepender. Vou-me certificar que toda a gente sabe quem somos, vou-me certificar que é de nós quem eles vão falar. Já sabes dos meus próximos planos?
Chaser:…
Chaser dá outra passa no cigarro.
???: Eu dou-te a independência e o nome que procuras, e tu ajudas-me a atingir os meus objetivos. Eu prometi que te recompensava pelo que fizeste… E eu cumpro sempre com as minhas promessas. Não marques nada para Domingo…
Chaser:…
A pessoa que telefonou termina a chamada e Chaser volta a guardar o telemóvel no bolso. Termina de fumar o seu cigarro e atira a beata para o chão onde fica a boiar numa pequena poça de água. Liga a moto e não perde tempo em sair dali, deixando apenas o rasto dos pneus no piso molhado.
Após os flashes terminarem, o senhor Albuquerque dá um passo em frente.
Sr. Albuquerque: Boa tarde a todos, é um prazer poder recebê-los na minha casa!
O pai de Chaser esboça um enorme sorriso na cara fazendo notar a sua muito bem estimada placa dentária.
Sr. Albuquerque (assertivo): Nestes últimos dias muitos dos meus opositores têm levantado calúnias e injúrias sobre mim de modo a denegrir a minha imagem e a minha candidatura à presidência da Câmara! Podem tentar denegrir-me a mim como político, mas jamais permitirei que coloquem em causa o meu papel como um cidadão com valores e como um pai de família!
Os fotógrafos tentam captar a expressão determinada e incólume do candidato à presidência da câmara de Vila Nova de Gaia, enquanto alguns dos presentes batem palmas.
Sr. Albuquerque: Várias vozes das mais diversas áreas políticas têm-se levantado contra mim acusando-me de ser uma pessoa egoísta e um apoiante da brutalidade e violência! Meus amigos, não sei que tipo de chavão andaram a ouvir sobre mim, mas não vou cair no vosso jogo duplo e repugnante!
Fazem-se ouvir mais palmas dos apoiantes do Sr. Albuquerque que começa a sentir a adrenalina fluir no seu corpo ao mesmo tempo que deixa bocados de saliva saltarem da sua boca.
Sr. Albuquerque: Por isso mesmo convidei todo este folclore da comunicação social para vos mostrar que sou uma pessoa altruísta, íntegra e com princípios!
A sua esposa dá um passo em frente e entrega-lhe um pequeno comando.
Sr. Albuquerque: Durante a minha campanha deparei-me com um problema que tem atingido não só a nossa bela terra de Vila Nova de Gaia mas também o Porto! De noite as nossas ruas têm servido de casa a centenas de sem-abrigo! Com este tempo de crise mais pessoas podem ficar nesta situação e é nossa obrigação ajudar estas pessoas a terem o mínimo de condições de vida! É por isso que estou aqui! Convidei-vos para vos dar uma notícia em primeira mão! Vou doar a uma casa de leilões uma caríssima moto chopper da Harley-Davidson que comprei no ano passado no Milwaukee! Todo o dinheiro angariado será revertido para casas e instituições que apoiam estas pessoas!
Fazem-se ouvir mais palmas.
Sr. Albuquerque: Bem, sem mais demoras…
O pai de Chaser carrega no botão do comando que tem na mão e o portão da garagem começa a subir…
Sr. Albuquerque: Contemplem esta beleza entre os veículos!
Os fotógrafos posicionam-se para tentar capturar o melhor ângulo da bela chopper. Mas há um problema…
Sr. Albuquerque: Mas o quê…?
… não havia lá nada! Só podíamos ver uma garagem vazia com marcas de pneu no chão. O Sr. Albuquerque e a sua esposa ficam perplexos! Ainda ontem a moto estava ali!
Jornalista 1: Oh senhor Albuquerque deixe-se de brincadeiras, mostre lá a moto.
Sr. Albuquerque: Não sei o que se passa, ela ainda ontem estava aqui! Alguém a roubou!
Jornalista 1: A gozar com a cara dos munícipes… Ia dar-lhe o meu voto mas começo a acreditar nas histórias da oposição. Vamos lá embora daqui…
Jornalista 2: Ui! Isto vai ser melhor do que aquilo que eu pensava! “Candidato à presidência da Câmara brinca em campanha!” parece-me um bom título para a página de amanhã do jornal.
Os jornalistas começam a arrumar as suas coisas e a abandonar o local para desconsolo do pai e da mãe de Chaser. A dona Albuquerque, embaraçada por tudo o que aconteceu, leva a mão à sua cara para esconder a sua vergonha e o seu marido vai tentando convencer os jornalistas de que lhe roubaram a moto.
Frustrado com o que aconteceu, o Albuquerque volta à garagem onde a sua esposa tenta perceber o que aconteceu.
Sr. Albuquerque: Estou arruinado… Depois disto não venço as eleições!
Dona Albuquerque: Acalma-te. Vamos para dentro tomar um chá.
Sr. Albuquerque (irritado): Isto tudo foi culpa dele! Ele deve ter saído ontem de casa antes de eu chegar. Hoje ainda não pôs cá os pés…
A sua esposa aproxima-se e passa-lhe a mão nas costas para o tentar acalmar.
Dona Albuquerque: Mas para que é que ele ia querer a moto? Ele tem muito dinheiro na conta…
Sr. Albuquerque: Ele não a quer para vender. Teve de ir a algum lado… E eu acho que já sei para onde é que ele foi…
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Bem distante dali, no topo de um edifício, Chaser acabava de chegar numa moto. Desliga o motor e com o pé esquerdo puxa o descanso. Deixa a moto tombar um pouco para o seu lado esquerdo, e ainda sentando apoia-se no guiador. Leva a mão esquerda ao bolso do seu casaco de cabedal e tira de lá um maço de tabaco de onde saca um cigarro, coloca-o na boca e acende-o com um isqueiro zippo. Ergue a cabeça, olha para o horizonte e solta o fumo do cigarro.
Neste momento o telemóvel começava a vibrar no bolso do seu casaco. Ele segura o cigarro com a mão esquerda, e com a mão direita atende o telefonema.
Chaser:…
???: Bom trabalho ontem…
Chaser leva o cigarro à boca e solta o fumo.
???: Talvez tenhas exagerado um bocado, mas gostei do que fizeste…
Chaser:…
???: Eles nem fazem ideia do que aconteceu, é sinal de que agiste bem. Gosto desse teu ar discreto mas determinado, ele vai-te levar muito longe… Fizeste bem em vir ter comigo para eu te garantir um lugar entre nós, não te vais arrepender. Vou-me certificar que toda a gente sabe quem somos, vou-me certificar que é de nós quem eles vão falar. Já sabes dos meus próximos planos?
Chaser:…
Chaser dá outra passa no cigarro.
???: Eu dou-te a independência e o nome que procuras, e tu ajudas-me a atingir os meus objetivos. Eu prometi que te recompensava pelo que fizeste… E eu cumpro sempre com as minhas promessas. Não marques nada para Domingo…
Chaser:…
A pessoa que telefonou termina a chamada e Chaser volta a guardar o telemóvel no bolso. Termina de fumar o seu cigarro e atira a beata para o chão onde fica a boiar numa pequena poça de água. Liga a moto e não perde tempo em sair dali, deixando apenas o rasto dos pneus no piso molhado.
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