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Mensagem por Fenomenal Sáb 24 Jan 2015, 00:23

Estamos a assistir ao noticiário da hora de jantar do CMTV. O pivot tem um aspecto profissional, trajando um fato clássico e tendo o cabelo bem penteado. A legenda da notícia que será relatada é a seguinte: “Revolta nas redes sociais depois da exclusão de Alex Torres do PPV Battlecry da UWL.”

Pivot (falando fluentemente e com calma): E passamos agora à notícia seguinte. A polémica exclusão do lutador Alexandre Torres, que em pouco tempo se tornou num dos favoritos dos fãs, do combate de Gauntlet pelo título GEN-X da nova federação de Wrestling Nacional, a UWL, transformou-se num autêntico fenómeno nas redes sociais em Portugal, à semelhança do que aconteceu com o antigo vídeo colocado online pelo lutador. Desta vez, os internautas decidiram usar a web para mostrar apoio ao marido da antiga estrela de MMA, Natália Oliveira.

A imagem televisiva altera-se, filmando-se agora a fotografia de um bilhete para o PPV cortado a meio no Facebook. Na legenda da fotografia pode-se ler “Não gosto de ser enganado. #deixalutaroAlex”.

Pivot: Imagens de bilhetes do evento destruídos pelos seus compradores espalham-se pelo Facebook…

Surge mais uma imagem de um bilhete do Battlecry, este cortado em quatro partes. A legenda do mesmo diz:  “Continua a perder fãs Pavão, é assim que a UWL vai crescer. #deixalutaroAlex”. E mais um bilhete cortado ao meio, com a legenda de “E afinal não é desta que vou ao maior sanitário de Portugal. #deixalutaroAlex”.

Pivot: Tal como fotografias com mensagens de apoio ao lutador…

Aparece a fotografia de uma loira adolescente boazona a apontar para a sua a camisola a dizer “I <3 Alex” e uma legenda a dizer: “Serás sempre o melhor, querido Alex. Verdadeiro talento raramente éreconhecido. Haters Gonna Hate. #deixalutaroAlex” E de seguida uma fotografia de um grupo de cinco negros a segurar uma camisola com a cara de Alex estampada, com uma legenda na qual se pode ler: “Odio-C esta ktg manu, exe Pavao k moxtre rexpeito a kem o rexpeito e merecidu. #deixalutaroAlex”.

Pivot: Eventos criados relacionados com o ocorrido…

No ecrã surge um evento do Facebook denominado “Pessoal que não vai ao Battlecry por causa do grande Alex Torres não combater”; ao qual aderiram 2558 pessoas; e logo a seguir o evento “Bora ensinar o Pavão a bookar um PPV?”; ao qual vão 3022 pessoas.

Pivot: E no twitter a hashtag deixa lutar o Alex tornou-se a mais difundida em Portugal.

Aparece a lista das trends do Twitter, com #deixalutaroAlex em primeiro lugar. Depois a imagem muda novamente, mostrando as bilheteiras do Estádio de Alvalade sem uma única pessoa na fila.

Pivot: Alex Torres, um fenómeno nas redes sociais que parece estar a afectar em grande escala a realidade da Ultimate Wrestling League, que viu a procura dos bilhetes para o Battlecry cair a pico depois da confirmação de que o lutador não iria marcar presença no combate pelo Título GEN-X. Um evento que deverá ter certamente muito mais cadeiras vazias do que aquilo que seria esperado quando foi inicialmente marcado.

A imagem retorna ao pivot.

Pivot: E a seguir…
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#deixalutaroAlex Empty Re: #deixalutaroAlex

Mensagem por Fenomenal Dom 25 Jan 2015, 03:03

O seguinte texto tornou-se viral na rede social Facebook durante o dia de Sábado:

Boa dia a todos os fãs das modalidades de combate em geral,

Estou a escrever para agradecer a todos vocês que têm apoiado o Alex desde a notícia da sua exclusão do combate pelo título GEN-X. Cada uma das vossas mensagens deixou um sorriso tanto na minha face, como na do meu marido. Um bem-haja a todos vocês, que se estão a esforçar para que a coisa certa aconteça amanhã e o Alex acabe por ser inserido no combate, tal como merece.

Vocês sabem que ele o merece, eu sei que ele o merece, o Alex sabe que o merece. Toda a gente sabe que ele o merece. Toda a gente menos um homem, aparentemente. Tenho a plena noção que estas minhas palavras podem parecer estranhas a todos aqueles que têm acompanhado a minha carreira. Sempre fui vista como uma boa profissional, nunca fui ninguém de “chorar nas redes sociais” ou sequer de me queixar de qualquer decisão tomada por um superior meu, enquanto lutei.

E é como uma boa profissional que me continuarei a ver, mesmo depois de publicar este texto. Porque se há alguém que está a falhar com o seu dever profissional aqui, esse alguém não sou eu, mas sim Bruno Pavão. Aquele que tem a responsabilidade de gerir um plantel de uma federação de combate tem que fazer por garantir uma só coisa: que as pessoas certas têm as oportunidades certas. E para o fazer tem apenas que observar o que cada um dos seus lutadores mostra no ringue e distribuir as recompensas por aqueles que mais sobressaem nos respectivos combates.

Por esse mesmo motivo é que nunca senti qualquer tipo de necessidade de comentar as decisões tomadas pelos meus superiores. Tive a sorte de trabalhar sempre com homens sérios e isentos, homens humildes que desejavam apenas proporcionar o melhor espectáculo possível aos fãs que assistiam aos eventos por eles geridos. Homens que se limitavam a fazer o seu trabalho e a deixar os lutadores brilhar no ringue.

E eu e os meus colegas limitávamo-nos a fazer o mesmo que eles. Ou seja, a fazer o nosso trabalho, que era combater, entrar no ringue e dar o nosso melhor. Mas isso era no mundo das MMA. Este mundo, o do Wrestling, é diferente. E eu estou agora a vê-lo em primeira mão. Certo que na modalidade de onde vim também existe um aspecto comercial bem implementado, mas quase todo ele – se não mesmo todo – está focado para promover aquilo que acontece no ringue.

Aqui, no Wrestling, é diferente. A promoção existe, aparentemente, não só para engrandecer a acção que ocorre dentro dos ringues, mas também para chamar a atenção dos superiores. Para conquistar oportunidades que deveriam ser conquistadas no interior do círculo quadrado. Por isso, como podem imaginar, não me revi minimamente quando ouvi no último Kerosene Bruno Pavão a dizer que quem se quisesse juntar a Fedrix no combate pelo Título GEN-X teria que realizar um vídeo capaz de o convencer a fazê-lo.

A decisão tomada pelo Alex? Apoio-a a 100%. Porque, como vocês muito bem deve ter percebido, o meu marido não tentou de forma alguma impressionar o Presidente pela Federação pelas redes sociais. Ele fez o que foi pedido, enviou a Bruno Pavão um vídeo que demonstrava o porquê de ele merecer um lugar no Gauntlet. Esse vídeo foi o combate que tinha tido com Edward Hosking na última segunda-feira.

Esse foi o combate de estreia do Alex no Wrestling Profissional. Um combate em que ele enfrentou Edward Hosking, um lutador já multi-titulado, que é também um dos finalistas do torneio Masters of The Mat, que irá determinar o primeiro campeão principal da empresa. Pode-se dizer que foi uma prova de fogo para o Alex, que logo no seu primeiro combate oficial se via frente-a-frente com um cabeça-de-cartaz.

O resultado foi o que toda a gente viu: o meu marido superou o desafio com distinção, controlando boa parte do combate, cativando o público, provando que tudo aquilo que eu disse sobre ele e o seu talento dentro do ringue não eram palavras vazias, mas apenas o espelho da realidade, ao mostrar uma rara combinação de agilidade e rigor técnico. Arrisco-me a dizer que o Alex deu aos amantes da modalidade a melhor prestação que um lutador da UWL já teve dentro do ringue, naquele que foi o combate de maior qualidade da Federação nestes três primeiros eventos.

Infelizmente, o combate acabou como todos nós vimos: com aquele apagão. Ficou a ideia de que Alexandre Torres poderia ter vencido Edward Hosking se as luzes não tivessem ido abaixo e, se o que quer que aconteceu naquele ringue enquanto o Pavilhão esteve às escuras, não tivesse acontecido. Um final inglório para um combate como o que se travou. Para os superiores que eu já tive anteriormente, o que aconteceu no último Kerosene seria encarado como uma tragédia, uma vergonha, um atentado contra o desporto.

Na UWL? Nem uma palavra em relação ao ocorrido por parte dos superiores. Nem sequer um pedido de desculpas ao atleta que foi prejudicado com o que aconteceu. E eu recordo-vos: Há um homem, acima de todos, que é responsável por garantir que os eventos da Ultimate Wrestling League decorram sem percalços.

Mas enfim, divago. O que eu queria dizer com tudo isto é que, no meio de tudo isto, me parece que o meu marido foi quem melhor entendeu o conceito do título GEN-X. Com todo o respeito, percebeu-o melhor do que todos aqueles que tornaram os seus vídeos de candidatura ao combate - do Chaser não falarei, já que dele nada sei, nem do vídeo que terá entregue ao Presidente.

O Título GEN-X, pelo que tem sido publicitado pela Federação no próprio site, tem o objectivo de se tornar num cinturão que tem o intuito de fabricar combates clássicos pela disputa do mesmo. Um Título feito à medida dos fãs mais acérrimos da modalidade e dos amantes da verdadeira qualidade dentro do ringue. Este é o seu conceito. Todo o conceito do GEN-X remete para o que se passa no interior do ringue. É um título feito para lutadores puros, como o meu marido.

O Alexandre entendeu isto e então enviou aquela que considerou ser a melhor mensagem de acordo com o conceito do Título. Um conceito criado - ou pelo menos aprovado - , antes de mais, pelo próprio Bruno Pavão, como é claro, que o deveria entender melhor do que ninguém. Essa mensagem não foi expressa por palavras, ditas em frente a uma câmara ou escritas e publicadas online. Foi uma mensagem sem palavras. Imagens. Só imagens. E já se sabe o que é que se diz acerca de imagens e palavras.

E essa mensagem foi clara, ela dizia: “Eu consigo ter o tipo de prestação que é pretendida para quem segura um título como este. Eu sou o homem certo para ele.”

Infelizmente, quem mais devia ter percebido esta mensagem, não a percebeu. Eu guardo em mim a esperança de que essa pessoa leia este texto e que o encare não como uma ofensa que deverá ser punida, mas como uma tentativa de a tentar fazer compreender o erro que está a cometer. E de a convencer a corrigi-lo enquanto há tempo para tal. Porque a decisão que por agora impera é uma decisão que trai o conceito do próprio Título e o espírito de toda e qualquer boa federação de combate.

Bruno Pavão, #deixalutaroAlex

Ass: Natália Oliveira
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